Quem sou eu

Eu sou apenas uma rapariga sonhadora.Os meus sonhos são a fonte de alegria que alimenta a minha vida.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um vazio chamado Miguel

O meu avô veio finalmente para casa. Estou tão feliz por isso já não aguentava mais vê-lo numa cama de hospital. Mas como ainda não está totalmente recuperado tem de ficar de repouso, tem de tomar muitos medicamentos e tem de ir regularmente ao médico. Quando tenho tempo livre vou ter com ele e fico com ele.
Com o assunto do meu avô praticamente resolvido, pensei que fosse ficar mais feliz que toda a minha vida fosse voltar ao normal, mas isso não aconteceu. Sinto um vazio enorme no meu peito, que não consigo explicar, ou melhor até sei sinto isso este vazio devido à desilusão que tive com o Miguel. Pensei que ocupando todo o meu tempo não pensaria nele e assim o esqueceria rapidamente, mas enganei-me penso nele todos os dias e cada vez o vazio parece aumentar de dia para dia. Sinto a falta daquele Miguel que durante algum tempo foi o meu príncipe encantado.
Eu sou tão ingénua ao pensar que um rapaz assim fosse mudar por minha causa. E o pior é eu sinto que ele nunca gostou de mim, nem por um instante. Mas eu amo-o como nunca amei ninguém e não o consigo esquecer.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A desilusão



Nada melhor para começar o dia do que um feriado sem substituição principalmente a uma disciplina como esta.
Toda a turma foi para o campo jogar futebol e no meio de tanta gente senti.me sozinha. Lembrei-me do último sítio e da última vez qu me senti bem e veio-me à lembrança do lugar em que o Miguel me encontrou no dia em que o meu avô teve o ataque cardiaco.
Voltei lá mas não o encontrei, devia estar em aula. E reparei como aquele sítio e ficava vazio sem ele e voltei para junto da minha turma.
No intervalo seguinte procurei-o e ao encontrá-lo no meio dos amigos vi que não era bem o que me tinha mostrado. Ele estava a gozar com um grupo de rapazes que por serem pobres não tinham possibilidades de comprar roupa e coisas de marca como ele e os amigos.
Não aguenteva ver o rapaz que para mim era tão especial a fazer um acto tão estúpido e reprovável, mas o pior é que eu estava(passado) a apaixonar-me por ele. Mas com o que eu vi, tomei uma decisão: esquece-lo-ia custasse o que custasse.
Ele viu-me a vir embora e veio atrás de mim, mas eu não lhe dei hipotese de falar, só lhe disse para nunca mais falar para mim, não precisava de mais desgostos já tenho suficientes.
Senti vontade de chorar e de voltar ao lugar onde ele me tinha encontrado, mas não o fiz, não queria e não precisava de ter mais lembranças que me ligassem a ele.
Nessa tarde não tinha aulas. Fui visitar o meu avô, ele já estava acordado e estava lúcido por isso contei-lhe tudo o que aconteceu em relação ao Miguel, porque para além de meu avô ele é também o meu melhor amigo. O meu avô disse para não ser tão radical e deixar o tempo decidir como as coisas devem correr ele é o melhor conselheiro.
Mesmo assim decidi que afastaria o Miguel da minha vida mas principalmente do meu pensamento.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Redescobrir-te


Hoje senti-me profundamente triste, nem sei bem porquê, foi como se uma onda de tristeza me atingisse. Pouco depois soube porquê, ao sair da aula liguei o meu telemóvel e vi que a minha mãe me tinha tentado ligar muitas vezes e como eu não atendi, ela deixou-me uma mensagem "Quando chegares a casa aquece o teu jantar, eu não vou estar em casa. O teu avô teve um ataque cardiaco e eu estou a ir com ele para o hospital. " Nem dizer como me senti triste...talvez, mas mais do que isso senti que me tinham tirado o ar e o chão, tudo ao mesmo tempo.
Nem sei como consegui chegar à rua e telefonar à minha mãe, ela demorou a atender o que me deixou ainda mais ansiosa e preocupada. Quando finalmente atendeu tentou tranquilizar-me mas em vão, só a ideia de o meu avô estar no hospital me deixa mal. Agora entendi a razão pela qual me senti tão triste sem motivo, afinal nao inha sido sem motivo, o meu avô estava mal e eu senti, só não sabia que era por ele que eu estava assim.
Precisava de estar sozinha, de estar só comigo, embora as minhas amigas fossem muito queridas mas eu agora precisava de estar sozinha a ouvir o silencio, como o meu avô me ensinara. Então corri e só parei quando me encontrei sozinha.
Ouvi a campaínha mas não fui para a aula , não era capaz de pensar em mais nada a não ser no meu avô numa cama de hospital ligado a umas máquinas quaisquer. sentia as lágrimas a correr-me pelo rosto abaixo , mesmo contra a minha vontade mas não as conseguia evitar.
Senti alguém a aproximar-se, mas nem sequer me dei ao trabalho de olhar, devia ser um estúpido qualquer com vontade de gozar, e de facto era-o. Era o Miguel. O que ele quereria? Eu não tinha nada para falar com ele, nem ele para falar comigo. Vinha de certeza para gozar.
Assim que chegou, começou a gozar por saber que eu tinha faltado à aula, mas assim que eu levantei o rosto e ele viu que eu estava a chorar, mudou de expressão, de um modo tão repentino que me surpreendeu.
Mas a conversa que tivemos a seguir ainda me surpreendeu mais, ele estava preocupado comigo!!??!!
Eu já o conhecia à algum tempo e ele nunca se tinha mostrado assim tão querido como estava a ser comigo agora. Desabafei com ele, detei para fora tudo o que me preocupava e ele ouviu tudo sem nunca reclamar e ainda insistiu para ir comigo até ao hospital, quando as aulas acabassem.
E quando saí da sala à última hora da noite, ele estava lá, à porta da minha sala e foi comigo até o hospital. Eu não conseguia falar, estava demasiado triste para isso e ele respeitou isso e também não disse nada apenas seguiu-me.
Quando cheguei à porta do quarto do meu avô parei e olhei para trás mas ele já não estava lá, deve ter ido para casa. Embora tenha sentido que precisava do apoio dele, sabia que ele já tinha feito muito por mim num só dia. E agora era altura de enfrentar o meu problema sozinha.
O meu coração partiu-se ao ver o meu avô ali, de olhos fechados e pior ainda quando vi o sofrimento da minha avó, este sofrimente estava acompanhado por um choro muito sentido. Sei que fiquei lá um bom bocado de tempo até a minha mãe ter vindo de falar com o médico, não faço ideia de quanto.
Só há uma coisa que me preocupa:"Como terá ido o Miguel para casa?"

sábado, 19 de janeiro de 2008

Para pensar.....




Se pensarmos na quantidade de rostos que vemos no dia-a-dia durante a nossa vida, metade ou muito mais do que isso não conhecemos os donos dos rostos. E esquecemos-os com uma facilidade tão grande que quando chegamos à noite não sabemos quem vimos, onde e quem era o dono do rosto, a menos se os conhecermos.
Mas à noite quando já estamos deitados há uma cara, um rostoque vemos e é essa mesma cara que nos vem à cabeça de manhã quando acordamos. A pessoa que nunca esquecemos, que durante todo o dia vagueia pelo nosso pensamento, sem nunca o deixar.
Comparando a facilidade com que esquecemos os primeiros rostos que referi e o segundo, trata-se de uma diferença abismal. Por muito tempo que passe e muitos amores que vivamos, aquele rosto e aquela imagem ficam para sempre, mesmo que seja apenas como uma lembrança.