Quem sou eu

Eu sou apenas uma rapariga sonhadora.Os meus sonhos são a fonte de alegria que alimenta a minha vida.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A Segunda Vez

Cair no mesmo erro duas vezes dói. Dói chorar as mesmas lágrimas outra vez, voltar a olhar para os mesmo sitios vazios. Dói olhar-te e fingir que não te conheço, que és como qualquer outro...mas não és. Fostes,és e serás, enquanto não te arrancar de mim, aquela pessoa que me ensinou tudo, ensinaste-me a amar, no bom e no mau.
Contigo aprendi que mesmo depois de sofrer como sofri, de chorar como chorei é possivel continuar a amar da mesma forma ou mais ainda.
Quando pela segunda vez me quiseste aceitei sem nem pensar, mesmo sabendo que tudo podia voltar a acontecer. Quis-te como da primeira vez, como nunca.
Mas voltas-te a quebrar tudo, da mesma maneira. E isso é o que mais dói, saber que perdemos tudo outra vez da mesma maneira. o que juraste nunca acontecer.

sábado, 8 de março de 2008

O Misterioso rapaz

O meu avô voltou a ter outro enfarte. O médico diz que o coração dele está mais fraco a cada dia que passa e agora ele está de novo internado no hospital.
Agora vivo de casa para a escola e da escola para o hospital. Vivo triste porque ao vê-lo assim tenho muito medo de o perder, mas não o posso mostar, tenho de estar sempre com um sorriso e tento mantê-lo animado.
Mas tenho tido ajuda, não sei de quem mas tenho. O meu avô só me diz que há um rapaz mais ou menos da minha idade que vai lá conversar com ele e que o distrai. O meu avô gosta muito desse rapaz, diz que ele é mais compreendido por muita gente e que no fundo ele é um bom rapaz que só quer recuperar o que um dia lhe poderia ter pertencido e a felicidade que está a perder.
Mesmo não conhecendo este rapaz, já gosto dele pois consegue fazer o meu avô(?). A ti, misterioso rapaz, quero dizer-te: MUITO OBRIGADA.
Hoje falei com a Ana e confrontei-a com as minhas suspeitas. Ela negou. Mas como contra factos não argumentos ela acabou por admitir.
Mas negou-se a ir falar com a psicóloga, tem medo que ela possa contar tudo o que lhe disser aos seus pais, tem medo de castigos e medo de admitir que está doente.
Quero ajudá-la, mesmo com todos os seus medos eu sei que é possível encontar um modo de dominar a doença, já que cura a doença não tem, vai sendo dominada dia após dia.
Um dia, eu sei que sim, que vais conseguir superar a tua doença e vencê-la.

quinta-feira, 6 de março de 2008

"Ir ou não ir? " Eis a questão



Quando a liberdade é dada e a decisão passa a ser só nossa. Com ela (liberdade) vem também a responsabilidade.
Agora sou responsável pela nossa decisão, pensei que fosse ser bem mais fácil que iria ser bem mais fácil, que iria decidir ir. Mas aqui muita coisa me prende, as mesmas coisas a que eu quero fugir prendem-me.
Ir ou ficar? Eis a questão.

Uma doença dificil: Anorexia Bulémica

Ana, uma das minhas melhores amigas está diferente, mais do que isso estranha.
Ela namorava com um rapaz, mas não deu certo e acabaram o namoro. Nunca me explicou porquê e também nunca perguntei tinha medo de a magoar, pois ela ainda gosta dele.
O fim do seu namoro levou a sua alegria e a vontade de viver, o riso constante e espontâneo desapareceu e deu lugar a um olhar triste e amargurado.
Mas ainda mais grave, a Ana deixou praticamente de comer e desconfio que o pouco que come vomita, porque depois de comer ela tem uma necessidade imediata de ir à casa de banho e volta de lá fraca e pálida. E isto pode ser uma doença grave, ou melhor, a mistura de duas: a Anorexia e a Bulimia, a que se deu o nome de Anorexia Bulémica.
Falei com a psicóloga da escola e aí tive a certeza absoluta que a Ana esta doente

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Escolhi este poema por ter sido escrito pela minha tia e por eu sentir exactamente o que o poema diz, nem se fosse eu a escrevê-lo iria reflectir tão bem a minha alma.




Sozinha, sem ti, sentada senti solidão
Será só solidão?
Será só por ser só que a sinto?
Sozinha sinto saudade, sofro...
Sofro sem ti.
Serei sempre só se sentir ser sozinha!
(Só me sinto só sem ti)
Sem saber ser só sofrerei
Só por saber não ser, eu sei.
Só, só sem ti me sinto!
Solidão, só sem ti a sentirei
Saudade, só sem ti a sinto e sei
Só sem ti sentirei;
Sorrir sem ti?
Só em sonho eu sei...
Sonho sempre só, sempre sonhei
Sendo assim sorrir não sei!
(Sou só, senil e sofro)
Sem ti....

escrito por Liz


Mesmo não querendo sei que te amo Miguel. Mesmo tu não merecendo eu sei que te amo.
Mesmo contra tudo e todos sei que te amo. Em suma, apesar de tudo AMO-TE.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quem representa o "R"?


Estou em plena época de testes, como o Renato diz uma verdadeira maratona de estudo. Entre uma disciplina e outra deu-me vontade de escrever, ou melhor uma necessidade de escrever.
Devia estar feliz, tenho motivos. O meu avô está recuperado, pelo menos o médico diz que ele pode fazer uma vida perfeitamente normal. Com ele não tenho de me preocupar.

Mas hoje, quando fui ao meu e-mail entre e-mails de amigos, de publicidade, do blogue e até e-mail relacionados com a escola encontrei um que não sei de quem é, pelo menos não conheço a conta de e-mail. O e-mail dizia:
“Espero que saibas que eu não te quero perder, és demasiado importante para mim. R”
Pensei que fosse do Miguel, queria que fosse dele. Mas quando vi o R percebi que dele não podia ser, o mais provável é que seja do Renato. Só não percebo o que ele quer dizer, nós não estamos chateados, por isso também não me parece que seja dele, ou se é não faz sentido. De quem será?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O concerto de Carnaval


O Renato, um amigo meu convidou-me para ir ver o concerto de Carnaval, que a Banda de Música de Mateus ia dar no Teatro. A principio pensei não aceitar, mas eu tenho muitos amigos nessa banda e gostava de ver o concerto. Para além disso era uma boa oportunidade para sair de casa, sim porque nestas férias estive quase todo o tempo a estudar para os exames intermédios. Decidi aceitar, e o facto de o Renato ser simpático, inteligente para além de muito bonito também contribuiu para a minha resposta.
O Renato convidou-me para jantar antes do concerto. Aceitei. Porque não?
Estávamos a divirtirmos-nos muito, mas quando ao entrar no Teatro vejo o Miguel, passou-me toda a boa disposição. O Renato e os amigos dele que estavam junto dele notaram o que se passou quando nos nos olhamos. Quase saíram raios e trovões de tanta raiva.
Por azar, destino ou o que lhe queiram chamar o lugar do Miguel para ver o concerto era mesmo em frente ao meu e do Renato. Cada vez que eu me mexia o Miguel virava-se para trás. Já não aguentava mais!
O Miguel parecia estar incomudado por me ver com outro rapaz. Mas que se dane, eu sou livre e não lhe devo explicações. Se não gosta que não olhe.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um vazio chamado Miguel

O meu avô veio finalmente para casa. Estou tão feliz por isso já não aguentava mais vê-lo numa cama de hospital. Mas como ainda não está totalmente recuperado tem de ficar de repouso, tem de tomar muitos medicamentos e tem de ir regularmente ao médico. Quando tenho tempo livre vou ter com ele e fico com ele.
Com o assunto do meu avô praticamente resolvido, pensei que fosse ficar mais feliz que toda a minha vida fosse voltar ao normal, mas isso não aconteceu. Sinto um vazio enorme no meu peito, que não consigo explicar, ou melhor até sei sinto isso este vazio devido à desilusão que tive com o Miguel. Pensei que ocupando todo o meu tempo não pensaria nele e assim o esqueceria rapidamente, mas enganei-me penso nele todos os dias e cada vez o vazio parece aumentar de dia para dia. Sinto a falta daquele Miguel que durante algum tempo foi o meu príncipe encantado.
Eu sou tão ingénua ao pensar que um rapaz assim fosse mudar por minha causa. E o pior é eu sinto que ele nunca gostou de mim, nem por um instante. Mas eu amo-o como nunca amei ninguém e não o consigo esquecer.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A desilusão



Nada melhor para começar o dia do que um feriado sem substituição principalmente a uma disciplina como esta.
Toda a turma foi para o campo jogar futebol e no meio de tanta gente senti.me sozinha. Lembrei-me do último sítio e da última vez qu me senti bem e veio-me à lembrança do lugar em que o Miguel me encontrou no dia em que o meu avô teve o ataque cardiaco.
Voltei lá mas não o encontrei, devia estar em aula. E reparei como aquele sítio e ficava vazio sem ele e voltei para junto da minha turma.
No intervalo seguinte procurei-o e ao encontrá-lo no meio dos amigos vi que não era bem o que me tinha mostrado. Ele estava a gozar com um grupo de rapazes que por serem pobres não tinham possibilidades de comprar roupa e coisas de marca como ele e os amigos.
Não aguenteva ver o rapaz que para mim era tão especial a fazer um acto tão estúpido e reprovável, mas o pior é que eu estava(passado) a apaixonar-me por ele. Mas com o que eu vi, tomei uma decisão: esquece-lo-ia custasse o que custasse.
Ele viu-me a vir embora e veio atrás de mim, mas eu não lhe dei hipotese de falar, só lhe disse para nunca mais falar para mim, não precisava de mais desgostos já tenho suficientes.
Senti vontade de chorar e de voltar ao lugar onde ele me tinha encontrado, mas não o fiz, não queria e não precisava de ter mais lembranças que me ligassem a ele.
Nessa tarde não tinha aulas. Fui visitar o meu avô, ele já estava acordado e estava lúcido por isso contei-lhe tudo o que aconteceu em relação ao Miguel, porque para além de meu avô ele é também o meu melhor amigo. O meu avô disse para não ser tão radical e deixar o tempo decidir como as coisas devem correr ele é o melhor conselheiro.
Mesmo assim decidi que afastaria o Miguel da minha vida mas principalmente do meu pensamento.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Redescobrir-te


Hoje senti-me profundamente triste, nem sei bem porquê, foi como se uma onda de tristeza me atingisse. Pouco depois soube porquê, ao sair da aula liguei o meu telemóvel e vi que a minha mãe me tinha tentado ligar muitas vezes e como eu não atendi, ela deixou-me uma mensagem "Quando chegares a casa aquece o teu jantar, eu não vou estar em casa. O teu avô teve um ataque cardiaco e eu estou a ir com ele para o hospital. " Nem dizer como me senti triste...talvez, mas mais do que isso senti que me tinham tirado o ar e o chão, tudo ao mesmo tempo.
Nem sei como consegui chegar à rua e telefonar à minha mãe, ela demorou a atender o que me deixou ainda mais ansiosa e preocupada. Quando finalmente atendeu tentou tranquilizar-me mas em vão, só a ideia de o meu avô estar no hospital me deixa mal. Agora entendi a razão pela qual me senti tão triste sem motivo, afinal nao inha sido sem motivo, o meu avô estava mal e eu senti, só não sabia que era por ele que eu estava assim.
Precisava de estar sozinha, de estar só comigo, embora as minhas amigas fossem muito queridas mas eu agora precisava de estar sozinha a ouvir o silencio, como o meu avô me ensinara. Então corri e só parei quando me encontrei sozinha.
Ouvi a campaínha mas não fui para a aula , não era capaz de pensar em mais nada a não ser no meu avô numa cama de hospital ligado a umas máquinas quaisquer. sentia as lágrimas a correr-me pelo rosto abaixo , mesmo contra a minha vontade mas não as conseguia evitar.
Senti alguém a aproximar-se, mas nem sequer me dei ao trabalho de olhar, devia ser um estúpido qualquer com vontade de gozar, e de facto era-o. Era o Miguel. O que ele quereria? Eu não tinha nada para falar com ele, nem ele para falar comigo. Vinha de certeza para gozar.
Assim que chegou, começou a gozar por saber que eu tinha faltado à aula, mas assim que eu levantei o rosto e ele viu que eu estava a chorar, mudou de expressão, de um modo tão repentino que me surpreendeu.
Mas a conversa que tivemos a seguir ainda me surpreendeu mais, ele estava preocupado comigo!!??!!
Eu já o conhecia à algum tempo e ele nunca se tinha mostrado assim tão querido como estava a ser comigo agora. Desabafei com ele, detei para fora tudo o que me preocupava e ele ouviu tudo sem nunca reclamar e ainda insistiu para ir comigo até ao hospital, quando as aulas acabassem.
E quando saí da sala à última hora da noite, ele estava lá, à porta da minha sala e foi comigo até o hospital. Eu não conseguia falar, estava demasiado triste para isso e ele respeitou isso e também não disse nada apenas seguiu-me.
Quando cheguei à porta do quarto do meu avô parei e olhei para trás mas ele já não estava lá, deve ter ido para casa. Embora tenha sentido que precisava do apoio dele, sabia que ele já tinha feito muito por mim num só dia. E agora era altura de enfrentar o meu problema sozinha.
O meu coração partiu-se ao ver o meu avô ali, de olhos fechados e pior ainda quando vi o sofrimento da minha avó, este sofrimente estava acompanhado por um choro muito sentido. Sei que fiquei lá um bom bocado de tempo até a minha mãe ter vindo de falar com o médico, não faço ideia de quanto.
Só há uma coisa que me preocupa:"Como terá ido o Miguel para casa?"

sábado, 19 de janeiro de 2008

Para pensar.....




Se pensarmos na quantidade de rostos que vemos no dia-a-dia durante a nossa vida, metade ou muito mais do que isso não conhecemos os donos dos rostos. E esquecemos-os com uma facilidade tão grande que quando chegamos à noite não sabemos quem vimos, onde e quem era o dono do rosto, a menos se os conhecermos.
Mas à noite quando já estamos deitados há uma cara, um rostoque vemos e é essa mesma cara que nos vem à cabeça de manhã quando acordamos. A pessoa que nunca esquecemos, que durante todo o dia vagueia pelo nosso pensamento, sem nunca o deixar.
Comparando a facilidade com que esquecemos os primeiros rostos que referi e o segundo, trata-se de uma diferença abismal. Por muito tempo que passe e muitos amores que vivamos, aquele rosto e aquela imagem ficam para sempre, mesmo que seja apenas como uma lembrança.